Por que a cultura da empresa come as pessoas!

Por que a cultura come as pessoas dentro das empresas

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Por que a cultura come as pessoas, me perguntaram. Então lembrei de uma situação que passei:

O ano era 1997 e a pergunta foi

– Sabe por que estou vestido desta forma?

Quem me fez esta pergunta foi o Carlos Brito e eu estava na última etapa do processo de Recrutamento e Seleção para Gerente de Vendas e Operações.

E ele era o Diretor Nacional.

Voltando à pergunta, eu respondi,

– Não, não sei.

E, então ele disse

– Porque se eu atravessar a rua e entrar na loja de conveniência do posto e não encontrar o visa cooler cheio com nossos produtos, eu vou me apresentar, pedir licença para entrar no estoque da loja e vou abastecer o visa.

E prosseguiu:

– Como eu poderia fazer isso vestindo terno e gravata ou uma roupa mais social?

 

Por que isso agora?

Pois bem, isto marcou toda a minha carreira profissional e acadêmica. Isto porque ele usou uma forma bem “didática” de apresentar a cultura de execução e de resultados da Empresa.

Se o Diretor Nacional faz isso, o que eu um mero gerente vou precisar fazer e como deverei me comportar?

Depois disso, ao longo do tempo e já fora da Brahma, precisei ouvir muitas vezes a seguinte frase

– Então, quando entro na empresa tenho de deixar de ser quem eu sou e me comportar com a empresa quer?

– Bom, nem tanto ao céu e nem tanto à terra!

Era a minha resposta.

 

A CULTURA

Com isso tento pensar em por que a cultura come as pessoas. Estou falando aqui sobre CULTURA. Definida das mais diversas formas, a CULTURA da empresa deve ser considerada em todo o processo de recrutamento e seleção TANTO pelo Recrutador QUANTO pelo Candidato.

Quero colocar uma pimenta dizendo que você PRECISA encontrar as pessoas que mais se adequam ou que mais ACEITAM a imposição das Cultura sobre o “eu, eu mesmo, e só eu!”.

Sim, a palavra-chave aqui é ACEITAR. Você até pode encontrar uma pessoa com uma aderência 100% à cultura da empresa. Mas o mais normal é encontrar pessoas que aceitam.

E, você GESTOR, precisa dividir seu tempo entre gerir a Pessoa e a sua capacidade de adaptação à cultura sem ir contra; e a gestão dos processos, do desempenho e dos resultados.

– Mas Paulo, tenho pessoas assim na minha Equipe, ou seja, elas já passaram pelo processo de R&Sel. O que eu faço?

 

O QUE FAZER?

Para responder o Por que a cultura come as pessoas, podemos pensar da seguinte forma:

Neste caso, identifique quem são as pessoas e converse 1 a 1 com cada uma delas. Busque entender os pontos de aderência e os pontos de conflito entre a Pessoa e a Cultura da Empresa.

Explique porque é importante compreender a Cultura (de onde ela veio, por que é assim, para onde ela vai) e que ela não é estática e congelada.

Entenda se a pessoa quer se adaptar e o quanto isso vai doer para ela. Sim, porque trabalhar com um prego no dedo do pé não é aceitar a dor é se submeter a dor, o que é muito diferente.

Você Gestor de Pessoas tem esta responsabilidade!

Compreender, absorver e talvez aceitar a cultura da empresa onde trabalhamos não é conformismo. É buscar qualidade de vida no trabalho.

E o bom disso é que podemos, no papel de Candidatos, identificar as empresas onde melhor podemos nos ADAPTAR (acho que esta palavra é melhor do que Aceitar, mas ela só me surgiu agora!) sem doer tanto!

PENSA NISSO!

Pensa nisso enquanto vou ali carpir um lote!

E, depois de pensar, me diz o que acha disso.

Okapa?

 

Ps.: para quem ficou curioso ele estava vestindo calça jeans (surrada na loja possivelmente), uma camisa tipo jeans com a marca Brahma e algo como uma bota).


Observações:

Saiba mais em nossas outras publicações Sou Consultor Imobiliário e nas publicações sobre o mercado de trabalho para quem tem mais de 40 50 ou mais anos de idade. São conteúdos para quem está nestes grupos ou para quem tem interesse nestes grupos.

Este texto foi escrito em português do Brasil. As palavras entre aspas são usadas para descrever figuras de linguagem ou termos que podem ser considerados polêmicos por alguns indivíduos. Eles não representam nenhum preconceito ou posição sociopolítico, filosófico, religioso, econômico ou ideológico. Ref.: PHD_025

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