Por que avaliamos o desempenho da forma errada?

Como caçar e a idade da pedra tem relação com a sua vida? Uma analogia sobre zona de conforto e mudança.

Tempo médio de leitura: 05 minutos

Por que avaliamos o desempenho da forma errada? Será que você já pensou nisso: que pode estar avaliando o seu desempenho e o desempenho das outras pessoas da forma errada?

Às vezes parece loucura e eu não consigo entender e nem explicar, mas as pessoas dão um valor exagerado ao DESEMPENHO, sem sequer saber “O QUE” ou “o POR QUE” estão fazendo isso. Explico.

1. O QUE É DESEMPENHO?

Primeiramente, vamos falar sobre o que é DESEMPENHO?

Sempre que fiz essa pergunta para meus alunos e para gestores com quem trabalho, recebi como resposta essa sequência de palavras:

Desempenho é

  • consequência do trabalho,
  • para ser atingido,
  • o resultado,
  • cumprir a meta,
  • atingir o objetivo,
  • o caminho para o sucesso,
  • o lugar que queremos chegar,
  • é o que a empresa ou o chefe quer,
  • estas e outras menos votadas.

Poucas vezes conseguimos fechar a questão rapidamente sobre o significado do desempenho. Pois bem, é sobre isso que eu quero falar!

DESEMPENHO É A CONSEQUÊNCIA!

Em síntese, DESEMPENHO é a CONSEQUÊNCIA, é o ponto chegada de um caminho que foi trilhado, suas escolhas e ações.

Por isso, o que “pega” aqui é que geralmente cometemos o erro de olhar para o desempenho de uma forma binária: sim/não ou atingiu/não atingiu.

E é aqui que reside o maior problema.

Por exemplo: lá na década de 40 do século passado surgiram os primeiros computadores. Eles ocupavam andares inteiros de edifícios e eram tão potentes quanto a sua calculadora.

Eram operados por pessoas que, literalmente, entravam dentro destes aparelhos e ficavam ligando e desligando interruptores, que nada mais eram do que os comandos para a máquina.

Daí surgiu o conceito de estágio binário: ligado/desligado.

2. O DESEMPENHO NÃO É BINÁRIO!

Então, AVALIAR o desempenho de uma forma BINÁRIA – atingido/não atingido – é uma SIMPLIFICAÇÃO perigosa porque leva à análise apenas o ponto de chegada.

Portanto, olhar apenas para o espelho retrovisor e pior, com atraso, já que estamos olhando para aquilo que já aconteceu, é um erro.

Com certeza você conhece alguma empresa onde o resultado do mês anterior é avaliado lá pelo meio do mês seguinte, não conhece? Bom, esta forma de avaliar o desempenho é um erro.

Imagine que você precisa se deslocar da cidade A até a cidade B e precisa estar lá no máximo as 14:00 de amanhã. Se você conseguir chegar dentro do horário, o desempenho, como resultado, foi atingido. Se não conseguiu…

3. O QUE DEVEMOS AVALIAR?

Pois bem, as questões que eu quero colocar são:

– COMO o desempenho foi atingido?

– Com que ESFORÇO?

– A que CUSTO?

– Quais os trade offs?

– Fizemos as melhores escolhas?

Além disso, o que você perdeu ou deixou de lado para chegar a este desempenho?

Em nosso exemplo do deslocamento do ponto A até o ponto B:

  • Você pode ter escolhido o caminho da autoestrada, asfaltado, mais curto e mais confortável.
  • Pode ainda ter escolhido sair mais cedo de casa para chegar com calma e ainda parar para um café no caminho ou ir apreciando a paisagem e, mesmo assim, chegar a tempo.
  • Ou você pode ter escolhido um caminho off road, mais legal, emocionante, desafiador, mas mais duro, cheio de pedras, com solavancos, atoleiros e que dá mais trabalho.
  • Pode ainda optar por sair em cima da hora e precisar correr mais, pode brigar com aquele motorista mais lento ou pode ficar parado na estrada porque houve um acidente, ou levar uma multa, talvez.

Você escolhe o caminho e como irá percorrê-lo.

Em todos os casos você chegou na cidade a tempo do seu compromisso. Mas consegue perceber que algumas opções podem ser muito mais tranquilas do que outras?

Pois bem: o Desempenho é a CONSEQUÊNCIA das ESCOLHAS e das AÇÕES realizadas.

É a CONSEQUÊNCIA do PLANEJAMENTO ou da FALTA de planejamento e da EXECUÇÃO ou da NÃO EXECUÇÃO do que foi planejado.

Olhar para o DESEMPENHO de uma forma atingido/não atingido é uma forma imediatista e simplista de avaliar algo tão importante para a sequência da vida da empresa e das pessoas.

4. UMA RELAÇÃO CAUSA X CONSEQUÊNCIA.

Porém, a que fazemos geralmente é o CONTRÁRIO:

  • INICIAMOS a avaliação PELA CONSEQUÊNCIA

Contudo este é o grande erro: Avaliamos se conseguirmos chegar ou se não conseguimos chegar ao ponto esperado.

Mas podemos fazer algo pior ainda: Não conseguimos avaliar porque atingimos ou não atingimos o resultado!

Muitas pessoas sequer avaliam o que fizeram de bom e que ajudou a atingir o desempenho esperado. Isto porque não “temos tempo” ou porque simplesmente temos que avançar.

Porém, tão ou mais importante de saber o motivo da não venda, é saber o motivo das vendas. Precisamos saber por que perdemos um negócio. Mas, precisamos saber também por que conquistamos um negócio.

A isto chamamos de melhores práticas!

DESEMPENHO É CONSEQUÊNCIA

DESEMPENHO É CONSEQUÊNCIA do PLANEJAMENTO e da EXECUÇÃO.

Por isso, quando você for avaliar o seu desempenho ou o desempenho de outras pessoas, avalie QUAL É O PLANO, COMO este plano foi ELABORADO e COMO o plano foi EXECUTADO!

Pense na relação CAUSA X CONSEQUÊNCIA.

Por isso, pense em desempenho como CONSEQUÊNCIA. E, pense no processo como sendo a CAUSA.

Portanto, só chegamos ao melhor desempenho PORQUE planejamos e fizemos tais e tais coisas de tal e tal forma, e corrigimos tais e tais pontos e…

Ou ainda, não chegamos ao desempenho PORQUE fomos para a ação sem um planejamento ou a nossa execução foi falha.

Com isso poderemos nos preparar para que isso não aconteça no futuro elaborando o seguinte plano…

AVALIE DESEMPENHO PENSANDO NA RELAÇÃO CAUSA X CONSEQUÊNCIA.

É simples de fazer e vai mudar a sua vida. É sério.

Concorda ou discorda disso?

Manda a sua resposta nos comentários…


Observações:

Saiba mais em nossas outras publicações Sou Consultor Imobiliário e nas publicações sobre o mercado de trabalho para quem tem mais de 40 50 ou mais anos de idade. São conteúdos para quem está nestes grupos ou para quem tem interesse nestes grupos.

Este texto foi escrito em português do Brasil. As palavras entre aspas são usadas para descrever figuras de linguagem ou termos que podem ser considerados polêmicos por alguns indivíduos. Eles não representam nenhum preconceito ou posição sociopolítico, filosófico, religioso, econômico ou ideológico. Ref.: PHD_019
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