Futuro do passado, do presente ou do futuro?

Futuro do passado

Tempo médio de leitura: 04 minutos

Por que será que precisamos pensar em futuro do passado, do presente ou do futuro?

Será que precisamos ter os olhos voltados a isso? Sim, já respondo: SIM; precisamos. Cada vez mais.

O meu mau humor dessa semana é que 90% dos artigos e posts que li têm títulos ou subtítulos relacionados à Empresa DO Futuro, Empresa NO Futuro, Empregos no futuro, empregos sem futuro, millenials etc.,

Isso sem falar nos posts sobre como a tecnologia presente e a tecnologia do futuro irão mudar nossas vidas, nossos relacionamentos, os produtos, os clientes, o trabalho e as empresas.

1. E AS EMPRESAS?

Avaliando apenas o tópico “Empresas”, esses autores defendem que as empresas precisam se preparar agora, no Presente, para o que virá, o Futuro. E mais, quem não se preparar morrerá.

Eles não estão totalmente errados. Porém, não estão totalmente certos.

Meu ponto de discordância é que grande parte das empresas brasileiras vive, lamentavelmente e a muito custo, no Futuro do Passado.

Ou seja, trabalham para chegar a um “momento Presente”, como tal autores pretendem supor.

2. EMPRESAS SONEGAM?

Sem emitir qualquer tipo de juízo de valor, o principal ponto a ser considerado é que muitas dessas empresas sobrevivem apenas porque SONEGAM:

  • IMPOSTOS. E, com isso, fecham os olhos para a necessidade de melhorias operacionais, nos seus processos, e em seus produtos ou serviços. Isto porque consideram que o “ganho” com a sonegação irá compensar a perda causada pela ineficiência.
  • DIREITOS aos seus funcionários e com isso correm riscos com mão de obra mal preparada ou desrespeitada sem contar os tradicionais riscos legais trabalhistas.
  • QUALIDADE em seus produtos/serviços o que torna inexistente qualquer diferenciação competitiva com consequente conquista de mercado.
  • ATENDIMENTO aos clientes. A consequência é que a fidelização seja apenas um sonho distante, o que acirra a competição no mercado, reduzindo margens, já que o único diferencial é preço.
  • GESTÃO já que não têm sistemas, processos e controles para identificar os espaços para a melhoria contínua que pode impactar nos resultados financeiros, nos funcionários, nos produtos/serviços e podem ainda impactar positivamente nos clientes.

Ao invés de um ciclo virtuoso vemos um ciclo vicioso.

3. UM PASSADO QUE PRECISA MUDAR.

A grande maioria das empresas brasileiras vive no PASSADO sonhando com um PRESENTE melhor e sequer conseguem pensar no FUTURO.

Exemplifico usando um termo muito comum hoje em dia: se você perguntar a um empresário hoje “- qual é a sua DOR?”, o que você acha que ouviria:

  1. O impacto da Inteligência Artificial no meu mercado?
  2. O impacto da robotização nos meus processos e produtos?
  3. A realidade virtual e a IoT como disrupção nos meus mercados?
  4. Estou preparado para ter millenials na minha empresa ou como clientes?
  5. Como sobreviver até o próximo ano?
  6. Como sair dessa crise?
  7. Como fazer melhor, entregar melhor e vender mais e melhor alavancando assim meus negócios?

Se você não é empresário talvez pense que as respostas 5, 6 ou 7 sejam uma miopia de quem pensa apenas no curto prazo.

O PESO DO CURTO PRAZO!

Mas, eu arrisco dizer que, com uns 80% de chance de acerto, estas seriam as respostas mais ouvidas. As respostas ligadas à sobrevivência no curto prazo!

Por isso, NÃO ADIANTA PENSAR NO FUTURO SE NÃO ESTAMOS TRABALHANDO BEM COM O PRESENTE. Ou ainda, SE A LIÇÃO DE CASA não estiver feita não adianta pensar lá na frente.

As empresas brasileiras precisam CORRER MUITO para chegar ao PRESENTE. E apenas depois CORRER para alcançar o FUTURO.

Recuperar o tempo perdido, sacou?

Esqueça as modas e tendências e faça o básico bem-feito. Mas seja rápido porque seu tempo é cada vez mais curto!

Concorda ou discorda disso?

Manda a sua resposta nos comentários…


Observações:

Saiba mais em nossas outras publicações Sou Consultor Imobiliário e nas publicações sobre o mercado de trabalho para quem tem mais de 40 50 ou mais anos de idade. São conteúdos para quem está nestes grupos ou para quem tem interesse nestes grupos.

Este texto foi escrito em português do Brasil. As palavras entre aspas são usadas para descrever figuras de linguagem ou termos que podem ser considerados polêmicos por alguns indivíduos. Eles não representam nenhum preconceito ou posição sociopolítico, filosófico, religioso, econômico ou ideológico. Ref.: PHD_020
«
»

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *