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Entre o Working Hard e o Working Smart o que é melhor? Muitas pessoas acreditam que trabalham muito, por muitas horas. Outras acham que são exploradas.
Mas, temos aquelas que acham que estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana é o normal. E temos aquelas que dizem que não gostam desta forma de trabalhar, mas adoram.
O pior de tudo é que elas acreditam que estão dando o sangue, vestindo a camiseta e trabalhando bem.
Porém, a primeira questão que coloco é: O que é trabalhar bem?
1. O que é trabalhar bem?
Muitas pessoas acreditam que trabalhar bem é se dedicar, trabalhar muitas horas, sair de casa cedo, renunciar ao almoço, deixar a vida pessoal de lado e priorizar o trabalho etc.
Da mesma forma, muitas pessoas entendem que trabalhar em equipe, realizar as entregas esperadas, atender as expectativas e ajudar a empresa atingir os objetivos. Mesmo que para isso precise sacrificar alguma coisa.
Afinal de contas, a vida é feita de escolhas, não é?
Mas, será que isso é trabalhar bem? Ou será que o trabalhar duro é trabalhar bem?
2. Working Smart ou Working Hard: Quem criou isso?
A princípio, podemos dizer que parte da responsabilidade por essa crença está na estrutura das empresas – e na legislação – que induz ao cumprimento de um horário de trabalho pré-definido.
Por isso, muitas vezes vemos que aquele funcionário que chega no horário e sai depois do horário é bem avaliado porque é “responsável”, “dedicado” e “veste a camisa da empresa”.
Na Área Comercial, por exemplo, cansei de ouvir “saio cedo de casa, cumpro minha agenda de atendimento do dia, passo o dia inteiro na rua, faça calor ou frio, fico longe da família, enfrento essas estradas ruins, trabalho final de semana, chego no hotel à noite e ainda tem um monte de coisas para fazer, …”.
Desta forma, o Vendedor tenta justificar o empenho e o esforço na realização do trabalho.
Pois bem, isso é Working Hard.
É trabalho duro.
É usar o tempo nas ATIVIDADES relacionadas à função ou ao trabalho.
MAS, de forma alguma isso é garantia de um BOM TRABALHO, de um BOM DESEMPENHO.
Trabalhar duro faz parte do processo, mas geralmente quem SÓ trabalha duro consegue resultados medianos, na média.
3. O que faz a diferença?
A princípio, para responder à pergunta “Working Smart ou Working Hard: o que é melhor?” podemos pensar que o que faz a diferença é o WORKING SMART!
Definitivamente não é o quanto você trabalha que faz a diferença.
O que faz a diferença é a forma como você trabalha. Ou melhor, é o QUÃO INTELIGENTE é a sua forma de trabalhar.
NÃO É QUANTO TEMPO VOCÊ DEDICA AO TRABALHO, MAS SIM DE QUE FORMA VOCÊ TRABALHA NESTE TEMPO!
Sobre Gestão do Tempo e de seu dia, recomendo a leitura de:
– Ou você controla seu dia ou ele controla você!
Isto porque algumas pesquisas indicam que, em um dia de trabalho típico, somos produtivos em apenas DUAS HORAS E TRINTA MINUTOS.
Ou seja, você fica 8 ou 9 horas no trabalho, mas só trabalha mesmo 1/3 deste tempo!
Por exemplo:
Vamos usar como exemplo um dia típico de um vendedor:
- Sai de casa de manhã e vai atender, não visitar, mas atender o primeiro cliente do dia.
- Fica meia hora na sala de espera, mais 10 minutos de conversa sobre assuntos genéricos, o famoso quebra-gelo, e então partem para a negociação.
- Recebe as reclamações do comprador sobre o giro do seu produto, do seu preço que está mais alto que a concorrência, sobre o mercado que está ruim, as ameaças de tirar seu produto de linha etc.
- O Vendedor oferece alguma vantagem (geralmente desconto, bonificação, prazo) para conseguir sair com um pedido.
- Isso leva mais aproximadamente 20 minutos até o Vendedor sair com o pedido de reposição em mãos.
O tempo total de atendimento a este cliente: uma hora.
Agora, veja o Tempo Total de Trabalho efetivo: 20 minutos, sem contar deslocamentos.
Assim, neste exemplo o nosso Vendedor conseguiu vender, em média, um pedido de reposição, mas teve que conceder algo porque “o cliente nem iria comprar se eu não fizesse isso”.
Esta forma de atendimento se repete em outros 5 ou 6 clientes ao longo do dia.
Ao final do dia o Vendedor está exausto, “estressado” e de “saco cheio” de tanto ouvir as mesmas reclamações de seus clientes e de receber as mesmas pressões de seu chefe. Ele até conseguiu vender, trabalhou duro, cansou, e conseguiu algumas vendas. Só isso! No futebol, costuma-se chamar de “jogador inteligente” aquele que antevê a jogada, encurta os caminhos, chega antes na bola, faz os companheiros
chegarem antes também, faz o passe no espaço vazio ao alcance do companheiro que está chegando… e isso é resultado da soma da capacidade do jogador e dos treinamentos realizados antecipadamente (será que dá para chamar esses treinamentos de planejamento?).
4. WORKING SMART – Trabalhar de uma forma inteligente
Ou seja, Working Smart é, antes de você chegar ao cliente, já ter em mãos as informações que necessita para apresentar suas propostas de vendas:
- o estoque,
- giro de produtos,
- preços de concorrentes,
- preços e promoções que praticou na última negociação e, principalmente,
- as suas propostas estruturadas e planejadas.
Sim, SUAS PROPOSTAS, no plural, em negrito e maiúsculo. De posse de todas as informações você precisa traçar seus planos para aquela negociação.
O que você irá oferecer, em quais produtos, o que pedirá em contrapartida, quais ações de trade-marketing irá realizar,…
MAIS DE UMA PROPOSTA PLANEJADA porque se o comprador negar a primeira, você terá a segunda, a terceira….
Assim você já terá calculado e planejado seu espaço de manobra, suas ofertas, suas exigências, já terá negociado com sua empresa as possibilidades… Poderá levar ao seu cliente SOLUÇÕES e não apenas a sua presença.
Para terminar
WORKING SMART é ter uma ROTINA de trabalho definida e implementada.
Sobre rotina, recomendo a leitura ROTINA: equilibrar, fugir ou implementar? 3 dicas.
É ter uma ROTINA DE EXECUÇÃO do seu dia, da sua semana.
Working Hard também é importante.
Mas o fundamental é o WORKING SMART, e para isso a palavra-chave é PLANEJAMENTO e sua irmã siamesa: a EXECUÇÃO.
Saiba mais em nossas outras publicações Sou Consultor Imobiliário e nas publicações sobre o mercado de trabalho para quem tem mais de 40 50 ou mais anos de idade. São conteúdos para quem está nestes grupos ou para quem tem interesse nestes grupos.
Este texto foi escrito em português do Brasil. As palavras entre aspas são usadas para descrever figuras de linguagem ou termos que podem ser considerados polêmicos por alguns indivíduos. Eles não representam nenhum preconceito ou posição sociopolítico, filosófico, religioso, econômico ou ideológico.
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