Como destruir pessoas (e uma equipe) em 9 passos – Parte I.

Nove passos para destruir as pessoas e a equipe - Chefe e não Líder

Tempo médio de leitura: 6 minutos

Para iniciar, um aviso: Como destruir pessoas (e uma equipe) em 9 passos é a divisão de outro artigo, mais longo. Por isso e para facilitar a leitura, dividi o texto em três partes.

Para ler a Parte II clique aqui e para ler a Parte III clique aqui.

À primeira vista, todos os Gestores devem trabalhar com o mantra: “Gerenciar pessoas significa Liderar pessoas”.

Porém, isto infelizmente não acontece em todas as empresas. Arrisco a dizer que é o contrário: a maior parte das empresas têm gestores que não lideram pessoas.

Frequentemente aparecem estudos que apontam para o poder negativo de um mau gestor. Por exemplo: empresas que têm chefes e não líderes, podem perder os melhores profissionais com maior frequência do que outras empresas.

Da mesma forma, os funcionários apontam que a influência negativa do Gestor é um dos principais, senão o principal, ponto considerado em um pedido de demissão.

Afinal, as pessoas que compõem as equipes são sensíveis a um mau gestor. Mas o que faz um mau Gestor?

Geralmente, eles seguem um ou mais destes passos que poderiam estar em um “Manual do mau Gestor”. São eles:

Os 9 passos:

i.                 Não ser um EXEMPLO para a equipe;
ii.                Fazer CRÍTICAS em Público;
iii.               Definir METAS inalcançáveis;
iv.               Não exercitar a EMPATIA;
v.                Ser CENTRALIZADOR;
vi.               Aderir ao MICRO GERENCIAMENTO;
vii.              Não dar TREINAMENTO;
viii.             Não dar FEEDBACK;
ix.               DELARGAR a Equipe.

Nesta Primeira Parte vamos ver os primeiros três passos sobre como destruir pessoas (e uma equipe) em 9 passos. E, com isso, destruir ou enfraquecer uma Equipe.

Boa leitura!

Obs.: Para ler a Parte II clique aqui e para ler a Parte III e última, clique aqui.


1. Não ser um EXEMPLO para a equipe

Um bom Gestor não precisa se comportar como uma freira carmelita descalça reclusa e silenciosa que caminha para ser santificada.

Porém, ele precisa seguir uma regra muito básica de liderança: dê o exemplo!

O que você acha que acontece quando o Gestor pede pontualidade e não é pontual?

Ou quando este mesmo Gestor pede para as pessoas da equipe um planejamento, mas ele não se planeja. O que acontece quando este mesmo Gestor pede para as pessoas cumprirem as regras e não as cumpre.

Qual o impacto na confiança das pessoas quando um Gestor pede feedback mas não sabe ouvir quando o recebe? Ou ainda, quando este Gestor pede que as pessoas se motivem mas ele passa o tempo todo reclamando ou arrumando desculpas.

São tantos os exemplos que poderíamos ficar mais uma hora escrevendo e falando sobre isso!

Acima de tudo, mais do que palavras o que as pessoas respeitam em um Gestor é o Exemplo. Então seja um EXEMPLO para a sua equipe.

Finalizando, uma dica: desconstrua o ditado popular “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” e crie seu mantra:

 “Faça o que eu digo e faça o que eu faço!”. Repita isso para você 32 vezes ao dia. Cole no painel do carro post its. Coloque como fundo no seu computador, tablet, celular…

E seja o espelho, o EXEMPLO para a sua equipe.

2. Fazer críticas em PÚBLICO

De acordo com a crença popular, devemos “elogiar em público e criticar no privado”.

Porém, eu concordo com a parte do Criticar no Privado e tenho dúvidas sobe o Elogio Público. Por enquanto, vamos nos deter aqui apenas na crítica (já que mais adiante vou falar sobre o elogio).

Para cada pessoa da sua equipe faça essas duas perguntas:

Frequentemente, as pessoas entendem a crítica como algo positivo, que tem como objetivo ajudar a melhorar um comportamento, a execução de uma atividade ou o desempenho.

Porém, isso acontece no seu ambiente de trabalho?

Afinal, para que as pessoas considerem a crítica como construtiva é necessário que haja um ambiente de CONFIANÇA entre as pessoas.

Além disso, as pessoas devem usar aquela crítica construtiva como uma forma de Aprendizado para que a melhoria aconteça.

Logo, um Gestor que entra na sala batendo a porta, chutando o balde e esbravejando, só consegue perder o respeito das pessoas. Dessa forma, é muito difícil a construção de um ambiente de confiança.

Por isso, sempre que você precisar criticar o trabalho ou o resultado de alguém, procure fazer isso dentro de um contexto positivo. Seja em uma reunião individual ou com mais pessoas, sempre em um contexto positivo.

Elogie o que foi apresentado, critique o que precisa ser criticado e se ofereça para ajudar.

Crie um ambiente positivo para a crítica. Não destrua o trabalho e o resultado e a pessoa simplesmente pelo prazer em demonstrar poder ou “sabedoria”.

Afinal, seu papel como Gestor Líder é ajudar as pessoas a se desenvolverem.

Sobretudo porque uma boa equipe é composta por pessoas que são melhores do que você em algum ponto. E a soma de todos estes pontos é o que trará resultados positivos a todos, inclusive para você!

Então, entenda como as pessoas preferem receber as críticas e faça estas críticas sempre dentro de um contexto positivo e construtivo.

3. Definir metas INALCANÇÁVEIS

Apesar de tudo o ano passado foi bem decente. Nosso resultado não foi tão ruim assim apesar da crise. Nosso crescimento foi excelente. E agora a empresa coloca uma meta grande em cima daquele resultado.

Já não foi fácil fazer o que foi feito no ano passado e “os caras” ferram a gente de novo. Não aguento mais. 

Vamos lá pessoal, o povo lá de cima enlouqueceu, mas vamos lá, vamos fazer o máximo! Upa Upa vamos prá cima deles. 

Você já passou por alguma situação destas? Já recebeu algum “desafio” destes?

Enfim, minha gente, isto é muito mais comum do que se imagina. Possivelmente, seja um dos principais temas sobre como destruir pessoas (e uma equipe) em 9 passos.

A definição das metas desta forma recebe dois nomes: “tem que ser porque o chefe quer” ou “é o que a empresa precisa para sobreviver”.

Por exemplo: imagine que vocês precisam atravessar um rio e o “chefe” joga umas boias na água e diz virem-se. Ele não sabe a profundidade, a altura da margem, a largura do rio, a força da correnteza, quantos vocês são, quantas boias vocês têm, se vocês sabem nadar ou se não… e por aí vamos.

Desta forma ele deixa claro que, simplesmente, quer todos do outro lado! Virem-se: eu dou o recurso – as boias, o rio e o estímulo – e vocês chegam lá!

Seria tão fácil se fosse assim, mas não é.

Em conclusão, poderíamos conversar dias sobre uma boa definição das metas.

Seja como for, mais uma coisa que considero importante:

Peça para cada pessoa da sua equipe definir as próprias metas e desafios.

Então, depois, sente com cada uma dessas pessoas e converse sobre o motivo e sobre a lógica por trás daquela definição. Além disso, questione como a pessoa pretende atingir a meta, o que pretende fazer, quais ferramentas precisa para atingir e quais dificuldades espera pelo caminho.

Como resultado de uma ou duas horas de boa conversa, você compreenderá e entenderá se a meta foi bem definida ou não; se a pessoa está comprometida com a realização ou se foi apenas um chute para inglês ver.

Claro que nessa conversa ajustes poderão ser necessários. Mas isso faz parte da negociação e do processo de engajamento. Depois submeta às metas ao SMART e veja se estão bem definidas. E, então, siga la pelota e vamos para o jogo – com maior chance de vencer.

Para terminar

Para finalizar, lembre-se sempre da regra dos 100% do Simon Sinek:

“100% dos seus clientes são pessoas; 100% dos funcionários são pessoas;

100% dos seus colegas são pessoas.

Se você não entende de pessoas, não entende de negócios.”

Este artigo, Como destruir pessoas (e uma equipe) em 9 passos, é o primeiro de três sobre o mesmo assunto que estão publicados aqui.

Leia a Parte II clicando aqui. Para ler a Parte III e última, clique aqui.

 


Observações:
Escrito por Paulo Donassolo ao som de Joe Cocker

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Este texto foi escrito em português do Brasil. As palavras entre aspas são usadas para descrever figuras de linguagem ou termos que podem ser considerados polêmicos por alguns indivíduos. Eles não representam nenhum preconceito ou posição sociopolítico, filosófico, religioso, econômico ou ideológico.diminuir o tamanho da letra para ser o texto final
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